sexta-feira, novembro 04, 2005

A dor incontornável do Vaidoso

trago no corpo o odor humano do esquecimento,
o suor de ter corrido...

e quando o lavar da minha pele,

vou-me recordar, progressivamente,

da minha banalidade.

Em seguida, depois de me secar,

vou ler estas palavras.

Relembrarei a minha auto-comiseração,

e tornar-me-ei mais vulgar.
E aí, terei ainda mais pena de mim

e sentir-me-ei um pouco mais trivial.


No fim, já com a dor em brasa,
um vago conforto:

De que no reconhecimento da minha nulidade,
devaneia, tenuemente,

uma fé de singularidade...

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