A dor incontornável do Vaidoso
trago no corpo o odor humano do esquecimento,
o suor de ter corrido...
e quando o lavar da minha pele,
vou-me recordar, progressivamente,
da minha banalidade.
Em seguida, depois de me secar,
vou ler estas palavras.
Relembrarei a minha auto-comiseração,
e tornar-me-ei mais vulgar.
E aí, terei ainda mais pena de mim
e sentir-me-ei um pouco mais trivial.
No fim, já com a dor em brasa,
um vago conforto:
De que no reconhecimento da minha nulidade,
devaneia, tenuemente,
uma fé de singularidade...
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