À evolução tecnológica / Intimidades (anotação III)
http://pauloquerido.pt/tecnologia/voce-leitor-quer-passar-se/
Acho que não percebem que a evolução é um bem necessário para a evolução e até a manutenção do Ser Humano. Aqui falo da evolução sem a limitação da liberdade do indivíduo.
Já aqui li acerca dos vários detrimentos desta tecnologia, como o fim das leituras impressas ou o cinema, etc… Mas a verdade é que em qualquer altura, seja daqui a 100 como daqui a 1000 anos, vocês serão livres para ler um livro ou verem cinema, desde que a vossa liberdade de escolha não seja posta em causa, desde que vos apeteça.
Antigamente, quando a única maneira de assistir a uma representação dramática era no teatro e as televisões apareceram, as pessoas também devem ter pensado que o teatro estava no início do fim. No entanto o teatro ainda existe para quem o quiser e, provavelmente, com mais espectadores que antigamente (evolução tecnológica->revolução económica->qualidade de vida).
A tecnologia é o caminho para as estrelas, para o desconhecido, somos curiosos e empreendedores e temos esse direito, temos o direito de nos fascinarmos com o potencial da nossa inteligência com os frutos dos seus espasmos… Temos também o dever de preservar constantemente a liberdade do ser e nunca permitir que a tecnologia, independentemente do estado, nos desumanize, jamais (lembrem-se do assustado HAL no “2001: Odisseia no Espaço”).
P.S. - Um assunto que se intersecta com este último e não é menos interessante é a humanização da tecnologia. Um filme relativo a este tópico e que aconselho vivamente é o "Blade Runner". A relação entre o detective Deckard e a replicant (cyborg) Rachel é de uma genuidade e de uma melancolia indizível.
Sem esquecer também as últimas palavras do replicant Batty:
O que em nós nos torna humanos? o que "é" a nossa humanidade?
Todo o nosso motor biológico aliado a um complexíssimo computador neuronal?
E se um dia a tecnologia permitir exactamente a mesma capacidade de processamento por parte de uma máquina e que todo o motor que a assista seja de natureza mineral e não natural (ou um misto, ou quem sabe...). O único factor que nos separaria seria a substância e quem somos nós para decidir o que é melhor ou pior...
O que eu penso que mais assusta as pessoas em relação a este tema é o facto de certas respostas extraírem a natureza metafísica aos sentimentos, como o amor ou a raiva ou a felicidade. De certas respostas insinuarem que tudo em nós é físico e químico, que estamos imiscuídos numa matemática que de tão complexa se torna divina.
De que tudo em nós é físico e químico, como o amor ou a raiva ou a felicidade.
Disse-o e contínuo tão Humano como sempre. Sinto-me até mais sincero comigo próprio, e com todo o Cosmos.
Eu não tenho medo... Sei que estou sozinho e que faço parte de pedaços de estrelas que há milhões de anos explodiram em supernovas...
Tenho, nesta crença, todo o divino que preciso.
Um beijo ou um abraço deste neto de sóis que escreve para um qualquer neto de sóis que esteja a ler.
Acho que não percebem que a evolução é um bem necessário para a evolução e até a manutenção do Ser Humano. Aqui falo da evolução sem a limitação da liberdade do indivíduo.
Já aqui li acerca dos vários detrimentos desta tecnologia, como o fim das leituras impressas ou o cinema, etc… Mas a verdade é que em qualquer altura, seja daqui a 100 como daqui a 1000 anos, vocês serão livres para ler um livro ou verem cinema, desde que a vossa liberdade de escolha não seja posta em causa, desde que vos apeteça.
Antigamente, quando a única maneira de assistir a uma representação dramática era no teatro e as televisões apareceram, as pessoas também devem ter pensado que o teatro estava no início do fim. No entanto o teatro ainda existe para quem o quiser e, provavelmente, com mais espectadores que antigamente (evolução tecnológica->revolução económica->qualidade de vida).
A tecnologia é o caminho para as estrelas, para o desconhecido, somos curiosos e empreendedores e temos esse direito, temos o direito de nos fascinarmos com o potencial da nossa inteligência com os frutos dos seus espasmos… Temos também o dever de preservar constantemente a liberdade do ser e nunca permitir que a tecnologia, independentemente do estado, nos desumanize, jamais (lembrem-se do assustado HAL no “2001: Odisseia no Espaço”).
P.S. - Um assunto que se intersecta com este último e não é menos interessante é a humanização da tecnologia. Um filme relativo a este tópico e que aconselho vivamente é o "Blade Runner". A relação entre o detective Deckard e a replicant (cyborg) Rachel é de uma genuidade e de uma melancolia indizível.
Sem esquecer também as últimas palavras do replicant Batty:
I've seen things you people wouldn't believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion. I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhauser gate. All those moments will be lost in time... like tears in rain... Time to die.
O que em nós nos torna humanos? o que "é" a nossa humanidade?
Todo o nosso motor biológico aliado a um complexíssimo computador neuronal?
E se um dia a tecnologia permitir exactamente a mesma capacidade de processamento por parte de uma máquina e que todo o motor que a assista seja de natureza mineral e não natural (ou um misto, ou quem sabe...). O único factor que nos separaria seria a substância e quem somos nós para decidir o que é melhor ou pior...
O que eu penso que mais assusta as pessoas em relação a este tema é o facto de certas respostas extraírem a natureza metafísica aos sentimentos, como o amor ou a raiva ou a felicidade. De certas respostas insinuarem que tudo em nós é físico e químico, que estamos imiscuídos numa matemática que de tão complexa se torna divina.
De que tudo em nós é físico e químico, como o amor ou a raiva ou a felicidade.
Disse-o e contínuo tão Humano como sempre. Sinto-me até mais sincero comigo próprio, e com todo o Cosmos.
Eu não tenho medo... Sei que estou sozinho e que faço parte de pedaços de estrelas que há milhões de anos explodiram em supernovas...
Tenho, nesta crença, todo o divino que preciso.
Um beijo ou um abraço deste neto de sóis que escreve para um qualquer neto de sóis que esteja a ler.
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