Feliz I
De que alegria me vens falar?
Oh, entra e deixa-te ficar.
Conta-me...
Conta-me aquele estio
Onde o sol, debruçado sobre os homens
Recitava a luz -
Todo ele afinado em brilho.
Essas manhãs passadas...
Amplas como um peito inchado
Por um sopro marítimo.
Leves,
tal qual o assobio das gaivotas
Lembras-te? Quando eu,
Violentado pelo mistério, capitulei?
Deixando-o verter-se sobre mim
Até que os olhos transbordassem...
Sobre as arestas da vida,
Cantarolava, agradecido:
“A felicidade tem em amplitude
O que lhe falta em comprimento...”
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