Íris,
a abóbada luminosa, de estrelas incrustadas,
esse ermo de fantasia, onde em chamas comungamos,
rachou no apogeu.
das entranhas celestes,
agora a descoberto,
um feixe vermelho verte na vertical perfeita -
é este o signo da danação:
de sangue divino,
encharcam-se-me as costas.
ocorre-te agora,
o sabor acre da maldição?
não o demores na boca -
o que é inevitável é o que tem de ser.
tens ainda tempo para o resto que não eu.
mergulha na vida que te sobra.
rápida,
que a titânica esfera que se segue
- granito incandescente -
jamais quatro ombros a carregarão.
é nas chagas dos meus dois
que, completa, ela assenta.
não te demores -
a sombra que de mim se derrama
é a negritude corrosiva
que a luz do desastre entorna no chão.
rápida, que o lírio já morreu.
a abóbada luminosa, de estrelas incrustadas,
esse ermo de fantasia, onde em chamas comungamos,
rachou no apogeu.
das entranhas celestes,
agora a descoberto,
um feixe vermelho verte na vertical perfeita -
é este o signo da danação:
de sangue divino,
encharcam-se-me as costas.
ocorre-te agora,
o sabor acre da maldição?
não o demores na boca -
o que é inevitável é o que tem de ser.
tens ainda tempo para o resto que não eu.
mergulha na vida que te sobra.
rápida,
que a titânica esfera que se segue
- granito incandescente -
jamais quatro ombros a carregarão.
é nas chagas dos meus dois
que, completa, ela assenta.
não te demores -
a sombra que de mim se derrama
é a negritude corrosiva
que a luz do desastre entorna no chão.
rápida, que o lírio já morreu.
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