rebelião
fecho os olhos e afundo-me em mim.
que a realidade onde ardo seja agora de um fogo que é meu -
brando, morno, generoso.
que o silêncio onde me aninho
seja, afinal, o jardim lamacento
onde um lírio de rebelião possa brotar:
que os dias - armadilhados de espinhos
não te curvem.
que os dias - coroados de alegrias
te definam.
que esse teu inimigo que te povoa
de dentro da carne
seja o de um combate que um dia vais
vencer.
foste tu quem abdicou de um deus.
que a solidão dessa decisão,
não te consuma.
consome-a tu.
que a realidade onde ardo seja agora de um fogo que é meu -
brando, morno, generoso.
que o silêncio onde me aninho
seja, afinal, o jardim lamacento
onde um lírio de rebelião possa brotar:
que os dias - armadilhados de espinhos
não te curvem.
que os dias - coroados de alegrias
te definam.
que esse teu inimigo que te povoa
de dentro da carne
seja o de um combate que um dia vais
vencer.
foste tu quem abdicou de um deus.
que a solidão dessa decisão,
não te consuma.
consome-a tu.