quarta-feira, abril 18, 2007

Cliché(?)

Apaixonei-me no mais sincero dos sentidos. Inebriado, deixei-me estar na delícia dos dias e quebrei equilíbrios fundamentais. Acho que sempre o soube, mas em mim só o presente e os frutos que dele colhia tinham significado, vivia a curto prazo e o futuro era um contentor de ilusões ao qual recorria pontualmente. Errei em tantas acções e tomei afectos como adquiridos... Quando tudo acabou, um vácuo insuportável... O encontro comigo mesmo e a decepção. Sei hoje que a dor é a catarse que nos permite recomeçar (afinal era um cliché acertado! A verdade é que os clichés têm sempre um fundo de razão), o processo agudo de desorganização interior que nos permite a construção de um novo eu.

Dizem que nada é em vão mas isto só é verdade se tentarmos aprender alguma coisa com o que nos acontece...

Aprendi a ser uma pessoa de quem gosto, sendo assim, nada foi em vão.

Sem arrependimentos.

sábado, abril 07, 2007

Mantra auroreal dos desassossegados

elbow - grace under pressure



Grace under pressure
Cooling palm across my brow
Eyes of an angel
Lay me down

We still believe in love...


quarta-feira, abril 04, 2007

De onde?

Hoje apetece-me trincar a vida da mesma maneira que o faço a certas laranjas gordas. Antes de enterrar os dentes, uma breve inspiração para que o perfume exista antes de tudo, o tacto redondo e a percepção dos gomos que parecem prestes a rasgar o embrulho fibroso que os veste. Por fim a carne e o sumo e a fome, talvez com um floreado leve, muito leve, de luxúria.

É assim que sinto a vida, carregada de promessas.

Ah, é breve, eu sei, mas hoje "é".

De onde, isto tudo?

Duas hipótese:
-Desiquilíbrio químico.
-Lucidez.