Cliché(?)
Apaixonei-me no mais sincero dos sentidos. Inebriado, deixei-me estar na delícia dos dias e quebrei equilíbrios fundamentais. Acho que sempre o soube, mas em mim só o presente e os frutos que dele colhia tinham significado, vivia a curto prazo e o futuro era um contentor de ilusões ao qual recorria pontualmente. Errei em tantas acções e tomei afectos como adquiridos... Quando tudo acabou, um vácuo insuportável... O encontro comigo mesmo e a decepção. Sei hoje que a dor é a catarse que nos permite recomeçar (afinal era um cliché acertado! A verdade é que os clichés têm sempre um fundo de razão), o processo agudo de desorganização interior que nos permite a construção de um novo eu.
Dizem que nada é em vão mas isto só é verdade se tentarmos aprender alguma coisa com o que nos acontece...
Aprendi a ser uma pessoa de quem gosto, sendo assim, nada foi em vão.
Sem arrependimentos.
Dizem que nada é em vão mas isto só é verdade se tentarmos aprender alguma coisa com o que nos acontece...
Aprendi a ser uma pessoa de quem gosto, sendo assim, nada foi em vão.
Sem arrependimentos.